Terminei de ler o romance Orgulho e Preconceito de Jane Austen.
A história se passa no início do século XIX na Inglaterra, conta como era a vida na sociedade aristocrática. A maneira de Elizabeth Bennet lidar com questões sobre educação, cultura, moral e casamento.
É um romance instigante, movimentado. Chega a ser engraçado se comparado com os dias atuais. Naquele tempo não existia uma parafernália para o entretenimento como temos hoje. As famílias jantavam nas casas dos parentes e amigos semanalmente, após a refeição tomavam chá ou café e jogavam jogos de salão. Cada jantar era retribuído com outro em poucos dias. As viagens de carruagem eram uma constante, visitavam parentes e faziam tour por várias regiões da Inglaterra, conhecendo mansões lindamente adornadas com jardins, bosques e obras de arte.
Passar uma temporada em casa de parentes equivalia a férias, o tempo mínimo da estada eram duas semanas, chegando a três meses.
As mulheres eram criadas e educadas para casar. Desde a adolescência só pensavam em arrumar um bom marido: bonito, rico (quanto mais melhor) íntegro e amoroso. Nem sempre era o que acontecia, mas esse, era o objetivo de toda moça de boa família. Nos bailes a ordem era dançar, conversar e flertar. O namoro era muito rápido, após meia dúzia de encontros, num curto espaço de tempo, já se noticiava o noivado e em seguida o casamento.
As preocupações das moças eram: que vestido usar no baile, quem estaria lá, e depois passavam dias interpretando e conjecturando as atitudes e conversas dos rapazes. Nada passava incólume, uma verdadeira avaliação minuciosa de cada cavalheiro.
Quanto mais prendada fosse a moça, mais interessante e casadoura ela se tornava. Ela tinha que entender de música, cantar e tocar pianoforte com perfeição, dançar bem, ler muito,desenhar , pintar, falar outros idiomas, ser viajada, saber conversar sobre diversos assuntos, ter modos refinados e etiqueta no trato social e, se possível, vir de uma família tradicional. Ufa! Não era pouco.
Bem, não vou contar a história toda para não perder a graça. Recomendo a leitura.