sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Walt Disney o mago da animação

A Dama e o Vagabundo


Lendo a biografia de Walt Disney, voltei a infância, relembrei os desenhos e histórias infantis que li e assisti.
Me acostumei a ouvir música clássica nos desenhos, o que mais tarde foi útil na seleção da boa música, mesmo que não fosse música de câmara.
Não que eu soubesse qual música tocava, de quem era a obra, isso não importava para uma criança. A melodia da orquestra preenchia a atmosfera fantasiosa dos desenhos. Os acordes enfatizavam ações, num compasso perfeito e sincronizado. Emocionava.

As histórias eram contadas pelos personagens, vez por outra, um narrador complementava dando informações preciosas para nós.
Os animais eram cópias fiéis dos reais, não como os monstrinhos coloridos que vemos hoje na televisão nos canais infantis. Era possível aprender sobre a fauna e flora, tamanha a diversidade exibida nos desenhos.
A animação era perfeita, fluía como uma onda, suave e encantadora.
O que dizer da expressão do olhar dos animais? Walt Disney conseguiu exprimir sentimentos de dor, alegria, tristeza, desespero, medo, coragem com um simples olhar e expressão facial quase humana.
Tal proeza se deveu a intensa observação durante sua infância na fazenda, ele passava horas analisando como os animais se comportavam. Somente assim, conseguiu dar alma e personalidade a seus desenhos. Muitos tentaram copiá-lo sem sucesso, pois se limitavam aos traços no celuloide, faltava vida na animação.

Não entendo como as crianças de agora acham graça em Backyardigans e afins, um bando de monstrinhos irreais, que só sabem cantar, dançar e contar até dez.. Falam de torres imaginárias da qual tem que fugir, coisa que uma criança de 3 anos nem desconfia o que seja, porque nunca viu uma torre de castelo encantado. Não existe magia, fantasia é tudo muito vago, pobre de informação visual.

Walt Disney nunca precisou explicar o que era um castelo com torre, simplesmente o mostrava no cenário. A criança via, ouvia e entendia que aquela construção de pedras onde a mocinha estava presa era um castelo. Ele deu vida a objetos inanimados, zombavam de nós provocando risos justamente por ser impossível um objeto falar, pensar e andar. Aí é que estava a graça.

Sinto uma vontade enorme de apresentar às crianças de hoje a magia e a fantasia da animação!

O que você acha dos desenhos animados atuais e os célebres de Walt Disney?

7 comentários:

  1. Olá Vera,

    Também recordo os desenhos animados do Walt Disney. Os animais, a música as histórias, nos envolviam num clima de ternura que jamais esquecemos.

    As crianças de hoje não tiveram a sorte que tivemos. A maior parte das animações que elas assistem, assustam. Mas há algumas exceções.

    A Vera deve ter passado horas agradáveis lendo a biografia do Walt Disney.

    Tenho ultimamente andado a ler uns contos de Tchékhov, muito bons.

    Abraços

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  2. Oi Joseph!
    Ainda estou lendo, é um livrinho de 900 páginas. Não dá para sustentar o livro no ar com as mãos, preciso apoiar no colo ou na mesa.
    Li 198 páginas, daqui uns 6 meses acabo...rsss

    Recomendo a leitura "Walt Disney - O triunfo da imaginação americana" - Neal Gabler.

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  3. A propósito, não caberia aos pais selecionar os desenhos que as crianças assistem? Do que simplesmente ligar a TV e deixar passar qualquer coisa. Andei vendo uns desenhos atuais, as crianças são mais inteligentes do que aquilo. Chega a ser um insulto achar que elas não compreendem mais do que lhes é mostrado.
    O vocabulário é escasso, as músicas não horríveis, em fim.

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  4. Vera,
    pra mim, o mais fantástico era a música.
    Os desenhos não me impressionavam tanto porque estava acostumado.
    E hoje é que vemos o tanto que eram bons. Interessante, numa época de tantos avanços, a gente vê que os desenhos retrocederam. Falando, é claro, desses que infestam os Cartoons Network da vida...
    Porque os "Era do Gelo", "Madagascar" e afins deixariam o velho Disney orgulhoso, né não?
    Abs.

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  5. Sem dúvida, os desenhos recentes dos estúdios Disney mantém a qualidade. Aliás, Walt Disney sempre foi perfeccionista, refazia quantas vezes fossem necessárias até atingir a perfeição. Era rígido com os funcionários, todos tinham que desenhar como ele queria. Certa vez deu aulas de desenho para a equipe melhorar o traço e a animação propriamente dita.

    Os desenhos da atualidade, são meros rabiscos, sem vida, sem fantasia, apáticos. Feios mesmo.

    Abraços

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  6. Como dizia o Hitchcock, "Walt Disney tem o melhor elenco. Se não gosta de um ator, ele simplesmente o apaga..."

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  7. Tiago, é bem por aí!..rs
    Ele apagava e começava tudo de novo, até atingir a perfeição.
    Esse livro é bárbaro, passei 6h lendo direto hoje.

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