terça-feira, 3 de julho de 2012

Orgulho e Preconceito

Terminei de ler o romance Orgulho e Preconceito de Jane Austen.
A história se passa no início do século XIX na Inglaterra, conta como era a vida na sociedade aristocrática. A maneira de Elizabeth Bennet lidar com questões sobre educação, cultura, moral e casamento.

É um romance instigante, movimentado. Chega a ser engraçado se comparado com os dias atuais. Naquele tempo não existia uma parafernália para o entretenimento como temos hoje. As famílias jantavam nas casas dos parentes e amigos semanalmente, após a refeição tomavam chá ou café e jogavam jogos de salão. Cada jantar era retribuído com outro em poucos dias. As viagens de carruagem eram uma constante, visitavam parentes e faziam tour por várias regiões da Inglaterra, conhecendo mansões lindamente adornadas com jardins, bosques e obras de arte.
Passar uma temporada em casa de parentes equivalia a férias, o tempo mínimo da estada eram duas semanas, chegando a três meses.

As mulheres eram criadas e educadas para casar. Desde a adolescência só pensavam em arrumar um bom marido: bonito, rico (quanto mais melhor) íntegro e amoroso. Nem sempre era o que acontecia, mas esse, era o objetivo de toda moça de boa família. Nos bailes a ordem era dançar, conversar e flertar. O namoro era muito rápido, após meia dúzia de encontros, num curto espaço de tempo, já se noticiava o noivado e em seguida o casamento.
As preocupações das moças eram: que vestido usar no baile, quem estaria lá, e depois passavam dias interpretando e conjecturando as atitudes e conversas dos rapazes. Nada passava incólume, uma verdadeira avaliação minuciosa de cada cavalheiro.
Quanto mais prendada fosse a moça, mais interessante e casadoura ela se tornava. Ela tinha que entender de música, cantar e tocar pianoforte com perfeição, dançar bem, ler muito,desenhar , pintar, falar outros idiomas, ser viajada, saber conversar sobre diversos assuntos, ter modos refinados e etiqueta no trato social e, se possível, vir de uma família tradicional. Ufa! Não era pouco.

Bem, não vou contar a história toda para não perder a graça. Recomendo a leitura.


6 comentários:

  1. Assim era o mercado do matrimônio desta época, em que a mulher era uma "mercadoria" que sabia se posicionar no mostruário. A "mercadoria" e o mostruário continuar a existir,mas cm novas formas. A grande vitrine dos dias atuais é a Internet.

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  2. Que coisa, não é Mauro!
    Quando essa "vitrine" vai acabar?
    Pelo menos hoje em dia não existe o dote, já é um progresso.
    Abraços.

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  3. AMO, ESTE LIVRO E ESTA AUTORA. LI PELA PRIMEIRA VEZ AOS 18 ANOS, E DEPOIS PERDI A CONTA DAS INÚMERAS VEZES QUE O RELI, E PRINCIPALMENTE EM QUE O RECOMENDEI. CONTINUA A ME IMPRESSIONAR, QUE UMA MULHER NO FINAL DO SÉCULO XVIII, TIVESSE PERMISSÃO PARA CRIAR, ESCREVER, PUBLICAR E ASSINAR SUAS PUBLICAÇÕES; SABENDO COMO ERA A SOCIEDADE DA ÉPOCA E DE QUE MANEIRAS AS MESMAS ERAM TRATADAS. PARA MIM JANE AUSTEN É A GRANDE INTRODUTORA DO FEMINISMO DA HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA.

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    1. Verdade Solaguerra. É interessante observar os valores morais que são eternos. Elizabeth Bennet defende com unhas e dentes a integridade, honestidade o bom caráter. O livro mostra que as pessoas podem mudar para melhor, basta querer e ter um bom motivo para fazê-lo, não é mesmo? Comecei a ler Razão e Sensibilidade da mesma autora, quando terminar posto minha opinião. Depois lerei Persuasão.
      Abraços.

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  4. Descobri há pouquissímo a Jane Austen. Através de alguns filmes, já a listei como na minha "must read list". Comprarei o livro para ler. Mas, já deixo como sugestão que assitam no youtube ao filme "Pride and Prejudice" (ele está legendado). =) Vale super a pena, como também o filme "Mansfield Park" que também é baseado no romance de mesmo nome da escritora.

    Um abraço!

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  5. Cidilan, comprei o livro que tem os três romances num só: Razão e Sensibilidade, Orgulho e Preconceito e Persusasão. Saiu mais em conta do que se comprasse separado. É da Editora Martim Claret.
    Eu também descobri Jane Austen esse ano, ainda não assisti filmes de seus romances, pretendo assistí-los. Gostei da narrativa dela.
    Obrigada pelas dicas dos filmes!
    Abraços.

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