Sábado (27/2) por volta das oito da noite começa a chover. Uma pancada de verão, caia bastante água.
Uma hora e meia de chuva, sem raios e trovões.
Televisão ligada, de repente a chamada do Plantão da Globo anuncia uma enchente de proporções gigantescas para Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul.
Uma verdadeira corredeira digna de rafting se formou na avenida principal bem em frente ao shopping.
A imagem do aguaceiro que descia avenida abaixo era de má qualidade, percebia-se ser filmagem amadora. Não tinha repórter no local, apenas noticiaram rapidamente.
Fiquei apreensiva, querendo mais informações. Entrei nos sites das emissoras e dos jornais locais, encontrei pouca coisa.
Entrei na comunidade de Campo Grande do Orkut para ver se tinha algum comentário.
Abriram um tópico entitulado: "Campo Grande foi destruída". Depois de um tempo postaram um vídeo mostrando o caos que se formou no cruzamento da Av. Afonso Pena e a antiga rua Furnas e Via Park.
Era um mar de água, lama, carros boiando sendo arrastados pela correnteza.
Fiquei sem ação, incrédula, nunca aconteceu nada parecido por aqui.
Dei graças a deus de morar num bairro alto e distante uns 10km da "corredeira".
O alagamento era igual ao que a cidade de São Paulo sofre todo ano na época das chuvas.
Confesso, senti medo, mesmo longe.
Conforme as pessoas chegavam em casa e acessavam a comunidade, contavam o que tinham visto, outros os apuros que passaram.
As informações surgiam, cinco das principais avenidas foram atingidas pela tromba d'água, os córregos transbordaram, o lago do parque também as canalizações estouraram por baixo do asfalto, a força da água arrastou tudo o que tinha no caminho.
Eu com várias janelas do navegador abertas, buscando notícias, mas não havia nada.
A imprensa não pôde chegar ao local do desastre para filmar, infelizmente as emissoras daqui não dispõem de helicópteros como nos grandes centros.
Pela primeira vez na vida, desejei ouvir o Datena fazendo link com o Águia Dourada. Noticiando a catástrofe. Isso ele faz muito bem.
As horas passavam, sem notícias nem na TV. Isso me deixou agoniada. Telefonei às dez horas para uma amiga que trabalha em uma casa noturna, ela estava na rua, no trabalho. Queria saber se estava bem. Ela estava no trabalho, sã e salva.
Respirei aliviada, ufa!
Somente no domingo as notícias e fotos apareceram, então vi a extensão do estrago. Dezoito pontos interditados e destruídos, um caos.
Após uma semana, ninguém quer ouvir falar em chuva. Ao menor sinal de nuvens carregadas todos ficam em alerta, com medo. Ainda bem que não choveu mais.
Oi Vera, particularmente sofri muito com as enxertes que ocorreram em São Paulo. Um estrago em cima do outro. Olhando agora, não sei nem por onde começar. Só me dei conta de tudo quando observei minha irmã mais velha me chamando. É bem desolador.
ResponderExcluirVera, se eu conseguir estruturar tudo isso, decidi que quero adotar um pequeno menino por quem me encantei e de quem nunca me esqueci.
ResponderExcluirOi Amandita.
ResponderExcluirDeve ser aterrorizante para quem tem a casa inundada e perde tudo, deus me livre.
Ainda bem que em Campo Grande foram somente danos nas ruas e avenidas.
Legal sua vontade de adotar uma criança. Dou o maior apoio!
Bjs
não fia, pior que não livra não. Ele espera com bastante paciência você se livrar sozinho, pra depois te dar o prêmio. E caso vc seja pirracento e se mate, morra ou afins, ele fica triste, mas depois se recupera, graças a ele mesmo.Mas deus é bom, com tudo isso ele espera que amadureçamos nos curando pelo mesmo mal. É um deus inteligente, ele só não gosta muito de gente pirracenta. E isso graças e deus eu não sou.
ResponderExcluirMenos mal pra mim que sofro menos...
Amandita, vc é doida........rsssss
ResponderExcluirVera,
ResponderExcluirÉ impressionante quando a natureza se vira contra nós.
No dia 20 de Fevereiro, estava eu na Ilha da Madeira, uma beleza em forma de anfiteatro. Choveu torrencialmente durante várias horas, a água desceu pela montanha arrastando tudo que encontrou no caminho. Em alguns locais arrastou casas.
Felizmente onde eu estava não aconteceu nada de grave. Vim para o Porto no dia 25.
O que sentimos numa situação assim, é uma terrível sensação de impotência.
Abraços.
Joseph, é isso mesmo, impotência total!
ResponderExcluirAbraços