quinta-feira, 24 de novembro de 2011

As idades e o trânsito

Bebês de seis meses a cinco anos:
Vão na cadeirinha acoplada no banco traseiro, devidamente seguros pelo cinto de dez pontos. Nem a cabeça cai para os lados, a cadeirinha tem um aparador lateral. No meu tempo de criança eu ia no colo mesmo.
Crianças de seis a dez anos:
Fazem a maior algazarra no interior do carro quando estão em grupo. Gritam, brigam, cantam, falam sem parar. O motorista liga o piloto automático e só enxerga o trânsito, para não ouvir a balburdia no banco de trás. Em casos extremos, grita um sonoro, CALEM A BOCA!

Pré adolescentes dos onze aos dezessete anos:
Disputam o banco da frente com os irmãos e amigos, pois já são "grandes" para sentar no banco de trás. Cadeirinha é coisa para criança.
Usam o cinto de segurança obrigados pelos pais, falam sem parar colocam o último modelo de MP3 para tocar as músicas barulhentas da moda.
Sabem por que eles sentam na frente? Para observar os pais dirigindo e aprender os movimentos. Eu fazia isso, sabia toda a teoria decor. O sonho dourado dessa faixa etária é dirigir, mesmo sem habilitação. Não aguentam esperar os dezoito anos, pedem para os pais , ou irmão mais velho para lhes ensinar a guiar.
Nunca, jamais, em tempo algum permitem que sejam deixados na porta do colégio, shopping, festa de amigos. É vergonhoso depender dos pais para ir em qualquer lugar. Preferem andar uma quadra a pé e não ter que dar beijinho de despedida na mãe, ou no pai ao volante, na frente de todo mundo.

Um aparte, adorei a propaganda da Volksvagen que o pai leva o filho pra escola e o menino pede pra descer antes. O pai vira pra ele e pergunta: "- Você já surfou? - Não. - Você toca guitarra? - Não. - Você já pegou meninas? - Não. - Então, me desculpe, quem tem que ter vergonha aqui sou eu!"

Pré adultos, dos dezoito aos vinte e cinco anos:
Finalmente de posse da Carteira Nacional de Habilitação, pegam o carro dos pais e dirigem pela cidade, estrada. O som no último, aceleradas e freadas bruscas são rotina, o negócio e se exibir no trânsito.
Óculos escuros no nariz, cotovelo apoiado na janela, cara fechada, com pinta de machão. Tudo premeditado para dar a impressão que são azes ao volante. A maioria se esquece que só sabe fazer o carro andar e cantar pneu. Dirigir, vai muito mais além.
Correm feito loucos, avançam sinal vermelho, costuram o trânsito em zigue zague, buzinam por qualquer coisa, fecham os outros carros sem cerimônia e somem num piscar de olhos. Estacionam em vagas para idosos e deficientes.
O lema dessa turma é: Abasteça o tanque e o corpo com álcool. Nem preciso contar o que acontece depois.

Adultos dos trinta aos quarenta anos:
Dirigem com mais cautela, sabem quanto custa um jogo de pneus novos e o preço da oficina em caso de batidas.
O som já não é tão alto, param no sinal vermelho e andam quando está verde. Dão passagem aos outros carros, tem um pouco mais de paciência. Se bebem, dão a chave para o amigo que não bebeu levar o carro na volta. Há exceções, é claro.

Adultos dos quarenta aos sessenta anos:
Andam mais devagar porque a visão está reduzida, não tem pressa de chegar, deixam todos passarem. São educados, respeitam as leis de trânsito. Estacionam só em lugar permitido. Reclamam e xingam em voz baixa os motoristas mais novos e agressivos no trânsito.
Voltam pra casa sãos e salvos.

Adultos acima de sessenta anos preferem ir de táxi, ou de carona.

E então, qual a sua idade no trânsito?

domingo, 23 de outubro de 2011

Que venha um Doce Novembro

No mês de outubro a bruxa está a solta.
Começou no DETRAN quando fui renovar minha CNH (carteira nacional de habilitação), reprovada no exame de visão. Motivo, esqueci os óculos para astigmatismo no porta luvas do carro.
Por via das dúvidas fui ao oftalmologista, ele me pediu para fazer 3 exames: Mapeamento de retina, ceratoscopia computadorizada e acuidade visual a laser.
Na primeira tentativa, tive que voltar ao consultório porque a solicitação não constava no sistema da Unimed. E somente lá poderia solicitar com o cartão.
Na segunda vez consegui fazer somente os dois primeiros. O de acuidade visual não pude fazer porque o exame era para os dois olhos e a solicitação que estava no sistema era para apenas um. Então desisti e fui para a "shoppingterapia".
Em nova consulta peguei os resultados e o laudo do oftalmologista para o DETRAN, informando que estou apta para dirigir. Na próxima quinta feira pego a CNH.

Saindo da área médica, recebi um telegrama da administradora do meu cartão de crédito avisando que suspeitaram que meu cartão havia sido clonado. Por essa razão, me mandariam um novo. Super legal receber esse aviso em plena greve bancária. No fim o cartão chegou fui ao banco , desbloqueei e deu tudo certo.

E para completar com chave de ouro, passei por um susto enorme numa noite de terça feira. Quando procurei minha cadela em casa e não a encontrei. Fui pra rua de carro atrás dela, rodei por umas duas horas o bairro inteiro. Engatando primeira e segunda marcha, com farol alto, quando era possível. Depois voltei pra casa para beber água, colocar aviso na rede social, e retomar a busca. Nesse meio tempo minha inquilina chegou em casa, contei que a Goda estava perdida na rua. Quando a inquilina abriu a porta da kitinet dela, quem saiu de lá correndo e abanando o rabo? A Goda!
Aí desatei a chorar de nervoso, alegria em vê-la sã e salva. Ufa, passou foi só um susto.
Como ela foi parar lá dentro? A faxineira veio passar roupa de tarde e deixou a porta da kitinet encostada. A xereta da Goda entrou, o vento fechou a porta e ela ficou presa por duas ou três horas. Quando a chamei não latiu. Ela não tem esse hábito.

Por tudo isso e mais um pouco, quero que outubro acabe num piscar de olhos.
E que venha um Doce Novembro!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Walt Disney o mago da animação

A Dama e o Vagabundo


Lendo a biografia de Walt Disney, voltei a infância, relembrei os desenhos e histórias infantis que li e assisti.
Me acostumei a ouvir música clássica nos desenhos, o que mais tarde foi útil na seleção da boa música, mesmo que não fosse música de câmara.
Não que eu soubesse qual música tocava, de quem era a obra, isso não importava para uma criança. A melodia da orquestra preenchia a atmosfera fantasiosa dos desenhos. Os acordes enfatizavam ações, num compasso perfeito e sincronizado. Emocionava.

As histórias eram contadas pelos personagens, vez por outra, um narrador complementava dando informações preciosas para nós.
Os animais eram cópias fiéis dos reais, não como os monstrinhos coloridos que vemos hoje na televisão nos canais infantis. Era possível aprender sobre a fauna e flora, tamanha a diversidade exibida nos desenhos.
A animação era perfeita, fluía como uma onda, suave e encantadora.
O que dizer da expressão do olhar dos animais? Walt Disney conseguiu exprimir sentimentos de dor, alegria, tristeza, desespero, medo, coragem com um simples olhar e expressão facial quase humana.
Tal proeza se deveu a intensa observação durante sua infância na fazenda, ele passava horas analisando como os animais se comportavam. Somente assim, conseguiu dar alma e personalidade a seus desenhos. Muitos tentaram copiá-lo sem sucesso, pois se limitavam aos traços no celuloide, faltava vida na animação.

Não entendo como as crianças de agora acham graça em Backyardigans e afins, um bando de monstrinhos irreais, que só sabem cantar, dançar e contar até dez.. Falam de torres imaginárias da qual tem que fugir, coisa que uma criança de 3 anos nem desconfia o que seja, porque nunca viu uma torre de castelo encantado. Não existe magia, fantasia é tudo muito vago, pobre de informação visual.

Walt Disney nunca precisou explicar o que era um castelo com torre, simplesmente o mostrava no cenário. A criança via, ouvia e entendia que aquela construção de pedras onde a mocinha estava presa era um castelo. Ele deu vida a objetos inanimados, zombavam de nós provocando risos justamente por ser impossível um objeto falar, pensar e andar. Aí é que estava a graça.

Sinto uma vontade enorme de apresentar às crianças de hoje a magia e a fantasia da animação!

O que você acha dos desenhos animados atuais e os célebres de Walt Disney?

domingo, 14 de agosto de 2011

Feliz dia dos pais!




Para mim dia dos pais, mães, avós é todo dia, mas vamos lá:
Existem pais brincalhões, severos, autoritários, amigos, companheiros, protetores, os nem sempre presentes. Os que brincam junto no parque, os que gostam de viajar com os filhos, os cheffs de cozinha, os esportistas que ensinam a correr, nadar, malhar, pedalar, jogar futebol.

Há também os pais intelectuais, leem muito, alguns são professores na escola e em casa.
O pai vaidoso, sempre bem vestido, cheiroso, cabelo com corte atual. Óculos escuros da moda, relógio de última geração.

O pai bonachão, só usa camiseta, bermuda, tênis ou chinelo quando está em casa.
O pai hightech, vive com o smartphone ligado, lê jornal e navega em tablet, trabalha e faz serviço de banco pelo notebook de dentro do avião, ouve música no iPod. Pai antenado é assim!

O pai conservador, faz tudo que o hightech faz, mas a moda antiga: compra jornal na banca, vai ao banco pessoalmente, trabalha no escritório da empresa, usa telefone fixo, no máximo um celular básico, ouve música no microsystem com CD. Usa e-mail porque é necessário, conversa com os filhos olho no olho.

Em fim, tem coisas que só se aprende com o seu pai. O meu me ensinou a dirigir, nadar, fotografar, a perceber a intenção que há por trás de determinados comportamentos e atitudes, ser honesta, justa, responsável e pensar no futuro. Nunca dar o passo maior que a perna.

Qual foi o legado deixado por seu pai, o que ele te ensinou?


terça-feira, 7 de junho de 2011

O que há por trás da festa junina



Essa festa do folclore brasileiro é muito surreal:

O casamento é forjado, o padre comete falsidade ideológica e exercício ilegal da profissão. Ele nunca foi padre, nem aqui nem na China.
Os noivos se separam e voltam cada um para sua casa após a cerimônia.
Há casos em que ele é travestido de mulher, ou ela é travestida de homem.
Os convidados bancam a festa, pagam pelos comes e bebes em barracas, porque os noivos não tinham dinheiro para o buffet.

Aquela história de: Olha a chuva, olha a cobra, a ponte caiu serve para desviar a atenção dos convidados. A quadrilha está pronta.
Segundo o Código Civil, formação de quadrilha é crime.
Tem até delegado na festa, cadeia. As pessoas são presas sem motivo e só podem sair se pagarem fiança. Muitos passam a noite no chilindró. Não existe advogado, nem defensor público.

Uma moça fica numa barraca vendendo beijos. Será que é beijo mesmo? Muito suspeito.
O tal do correio elegante é lavagem de dinheiro. Paga-se para enviar recados escritos num papelzinho para outra pessoa.
Os quitutes são um caso a parte...
Amputaram o pé do moleque pra vender e dizem que é doce. Quentão deixa o cidadão suando e embriagado, naquele friozão de junho.
O vinho é quente porque ninguém consegue beber vinho gelado no inverno.

Tudo acontece em volta de uma grande fogueira que ilumina e aquece o ambiente.

Fala sério, já tinha pensado nisso?

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Diga não para entrega em domicílio

Todo mundo sabe que nenhum medicamento pode ficar exposto a luz do sol e calor, porque perde o efeito.

Quando a farmácia faz entrega em domicílio, o rapaz pega todos os pedidos e vai entregando de bicicleta, ou moto.

Eles não usam nenhum tipo de embalagem térmica, o sol cozinha as caixinhas e frascos dentro das sacolas plásticas.

Evite esse serviço durante o dia, peça para a farmácia telefonar avisando que o medicamento chegou e vá buscar.

Entrega em domicílio, somente durante a noite.

Usamos o serviço de entrega pela facilidade, mas esquecemos que o sol acaba com o efeito dos medicamentos em pouco tempo.


Já tinha pensado nisso?

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Livros, telhado e visão

Olá pessoal! Desculpem a ausência.

Prossegui minhas leituras, terminei "JN Modo de fazer". Empaquei no "1822", preciso continuar. Nesse meio tempo comecei a ler "O discurso do Rei" do filme vencedor do Oscar.
Não assisti ainda, mas segundo o autor Mark Logue e neto de Lionel Logue o fonoaudiólogo do Rei, o livro é mais detalhado. Conta a história do avô registrada em diários. Excelente!

Saindo do mundo literário, entrando na engenharia civil:
Estou as voltas com o conserto do telhado de minha casa.
Após uma década, finalmente criei coragem. Depois vem o pintor, reforma não tem fim.

Departamento visual:
Fui ao oftalmologista, a última consulta foi há cinco anos atrás.
Me trato com ele faz muito tempo. Minha ficha foi escrita em pergaminho, de tão antiga.
O diagnóstico, um grau a menos de miopia no olho direito (com a idade regride), lentes de contato novas e muito colírio lubrificante para não ficar com os olhos vermelhos. A umidade relativa do ar nessa época do ano é de clima de deserto, 32%. Não há olho que resista.
Ainda farei exame de fundo de olho e medição da pressão ocular. É duro envelhecer.
A presbiopia (falta de foco) e o astigmatismo permanecem.
Calma, ainda enxergo, dirijo, não uso bengala branca, nem cão guia. Na calçada da minha casa também não tem piso tátil, apesar da prefeitura exigir a colocação no centro da cidade.
Deve ser o excesso de leitura.

Enquanto isso, vou em busca de mais inspiração.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Momento literário

Oi pessoal, vim tirar o pó do blog, cof, cof, cof.
Tenho passado boa parte do tempo lendo, daí meu sumiço.
Me encantei com a vida de Coco Chanel, no livro "O evangelho de Coco Chanel", bárbaro!!!
Que mulher de visão, moderna para o seu tempo, empreendedora, sabia tudo de marketing apesar de ainda não existir tal denominação naquele tempo.
Um livro gostoso de ler, instigante. Ela acabou com o uso do espartilho, os vestidos longos e os penteados esculpidos em "andares". Ironicamente adaptou a moda para ela e facilitou a nossa vida no quesito vestuário. Desde sempre somos nós que nos adaptamos à moda, ela fez o contrário e deu certo!

Depois li "Coco Chanel & Igor Stravinsky", o romance dela com o consertista casado e pai de família. Muito bom também.

Saindo um pouco do campo da moda, devorei "1808 como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil". Sobre a fuga da família real de Portugal.
Delícia de leitura, o autor é jornalista e escreveu o livro como uma reportagem, ficou leve e engraçado.
A continuação da história é o "1822 como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil - um país que tinha tudo para dar errado". Ainda não terminei, no estilo do anterior, só muda o enredo da proclamação da independência por D. Pedro I.
Espantosamente algumas coisas permanecem como eram em 1808 e 1822.
Os dois livros me despertaram a curiosidade de ler sobre a independência dos Estados Unidos. Em breve o farei.

Paralelamente estou lendo "A viúva Clicquot" a história de um império do champanhe e a mulher que o construiu. Interessantíssimo, além do fato de ser da época das guerras napoleônicas, um pouco antes da família real vir para o Brasil. Não tem nenhuma relação com o fato.

E para fechar com chave de ouro, estou lendo mais um: Jornal Nacional - modo de fazer, escrito por William Bonner.
Ele relata como é feito o JN, mostra os bastidores, explica o que acontece antes, durante e depois que o jornal vai ao ar. Estou no começo, mas já assisto o JN com outros olhos.
Recomendo a leitura de todos os livros citados, é cada um melhor que o outro.

Deu para notar que sou curiosa, leio de tudo um pouco, adoro saber como as coisas funcionam, quem inventou, como são os bastidores da vida.

Vou ficar devendo a receita de ovo de chocolate e desejo uma boa Páscoa a todos!


segunda-feira, 7 de março de 2011

Ziriguidum, balacobaco

Eu fantasiada.


No começo de fevereiro, uma amiga me convidou para irmos a uma quadra de escola de samba, ver o ensaio da bateria.
Fomos, ensaiamos vários passinhos de amadoras e nos divertimos.
Uns dias depois ela me convida para desfilar na Unidos da Vila Carvalho. Ela foi convidada por um amigo que é o autor do samba enredo desse ano: "O amor está no ar".

No primeiro momento, a imagem que me veio à mente foi, da globeleza e das madrinhas de bateria das grandes escolas do Rio e São Paulo. Com corpos perfeitamente esculpidos por Michelângelo, esbeltas, pernão musculoso, sambando sobre um salto de quinze centímetros com plataforma, numa rapidez espantosa.

Parei e pensei, não fui esculpida por Michelângelo, estou longe de ser esbelta, pernão eu tenho, mas não de músculos. Samba no pé, aprendi ontem num vídeo do Youtube com Carlinhos de Jesus e ainda não consegui engatar a terceira marcha. Só no slow motion, um horror.

Após a ponderação realista da situação, minha amiga me diz que não é para sair de destaque em cima de carro alegórico com fio dental semi nua.
Nós mortais, desfilamos vestidas dos pés a cabeça de macacão e no chão, nem precisa saber sambar. Juro, me senti triplamente aliviada. Topei.

O mês de fevereiro acabou, nós não participamos de um único ensaio geral e vamos com a cara e a coragem. As fantasias ficaram lindas!
Porque não fomos aos ensaios? Choveu torrencialmente sem parar de uns 15 dias pra cá. Ensaio na rua com chuva sem chance.
Por outro lado, o desfile acontece com, ou sem chuva, então dá na mesma. Se a água não vem de cima, vem de baixo, o chão não vai secar num passe de mágica. Seja o que São Pedro quiser.

Parte técnica: Nossa escola entra na avenida à meia noite, temos que estar na concentração às 21h, a fantasia será vestida na hora por cima de uma camiseta e legging. Sede é proibido sentir, se beber água vai ter que ir ao toilette, como? Onde? Melhor não pensar nisso.
Bebo água de dia e à noite só molho a boca e engulo um tico da água antes do desfile.
Ainda precisamos decorar o samba enredo. Deus nos ajude!

O dia D é 8 de março terça feira de Carnaval. Na volta atualizo esse post com a experiência carnavalesca. Dizem que quem desfila uma vez, sempre quer mais, será? 2012 vem aí!

Atualizado dia 9 de março de 2011:

Desfilamos!
A experiência é extremamente positiva, recomendo para quem tem vontade e nunca desfilou.
Chegamos ao boteco próximo da avenida às 19h30min, foi o point de reunião da ala, onde ficamos bem acomodados até a meia noite. Com toalete à disposição, água e comida.
Ao soar das doze badaladas antes que virássemos abóboras fomos a pé até a concentração carregando a alegoria da cabeça, um item confortável que pressiona a cabeça, depois vem a dor, o peso, uma delícia.

Na concentração esperamos até à 1h30min, nesse meio tempo foi um tal de tira e põe alegoria na cabeça, anda, pára, fica em pé no meio da rua, senta no meio fio. Um fato inusitado foi o público passando no meio da concentração, se misturando conosco, esbarrando nas fantasias volumosas sem a menor cerimônia. Total desorganização, enfim deixa pra lá.
Depois dessa "pequena espera de cinco horas (1h30min em pé) a bateria começou o batuque de aquecimento e as alas também tinham que se movimentar.
Guardei a pouca energia que me restava para a avenida, senão teria que chamar o reboque. A alegoria de cabeça já estava pesada pelo tempo que ficamos com ela, a máscara grudava no rosto com o calor, o tule da ombreira pinicava o pescoço.

Alas e carros alegóricos posicionados, últimos ajustes do pessoal e samba no pé.
Entramos, fomos a última escola a desfilar. Na avenida com a bateria atrás de você a mil por hora, o samba enredo ecoando não tem incômodo que te segure. Você canta, pula, gira, samba, evolui, dá risada, acena para a arquibancada, faz pose em frente das câmeras particulares e de jornais, TV.
Assim que passamos pelo último camarote dos jurados, é o ponto no qual temos que dar tudo de nós, aí vem o semi alívio. Diminui um pouco o ritmo, as dores na cabeça voltam e você não vê a hora de chegar no fim pra tirar o peso da cabeça.

Resumindo, vale muito a pena! É a famosa superação do sofrimento.
Me perguntaram se repetirei a dose ano que vem. Respondo em dezembro, agora nem pensar.
Ainda não saiu o resultado da apuração, depois posto se a nossa for a vencedora.

Atualizado dia 11 de março de 2011:

Ganhamos, Vila Carvalho é tricampeã!!!!!!!!


quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

História sem fim

Genealogia, árvore genealógica, descendentes, ascendentes.
Me cadastrei no site Mundia onde qualquer pessoa pode criar sua árvore genealógica, se souber os dados dos pais, irmãos, avós e parentes.

Essa história começou porque um primo distante por parte de mãe, criou a árvore desse lado da família. Ele me descobriu no Facebook, eu não o conheço, como acontece com qualquer parente acima de três gerações.
O site é super interativo, uma delícia de usar, até criança consegue.
Tudo bem, o nome dos seus pais você sabe, data de nascimento e falecimento (se for o caso) também. Local do nascimento e falecimento são conhecidos. Irmãos ídem, tios e primos você sabe os nomes e data de aniversário, se não souber olha no perfil que tem.

Agora quando chega nos avós e bisavós, a coisa desanda.
Nomes dos pais dos meus avós, só sabia o do pai, a mãe nem desconfio porque não a conheci.
Do lado da minha mãe é um pouco pior devido a quantidade absurda de filhos que se tinham naquela época. Não existia televisão, internet, preservativo, pílula anticoncepcional, os casais passavam cinquenta porcento da vida fazendo filhos. Era a única diversão noturna.

Para desvendar o mistério dos nomes dos bisavós, perguntei via e-mail a minha tia que sabe toda a genealogia familiar desde Adão e Eva. A resposta veio, com uma lista de dez nomes sem explicação de quem era o progenitor de quem. Fiquei na mesma.
Novo e-mail foi enviado a outra tia do lado paterno, com a mesma pergunta. Esse ainda não teve resposta, ela está pesquisando os alfarrábios, os registros devem estar em papírus. Um dia chega!

Enquanto isso, tento descobrir alguma coisa com aquele que quase tudo sabe, o Google.
Em tempos de internet é fácil, você digita o nome completo da vítima e aparece uma lista de sites relacionados a ela. Por exemplo: DOU - Diário Oficial da União, com as ações que essa pessoa teve durante a vida, os concursos que ela prestou e passou; editora do livro que ela publicou e por aí afora. Se o procurado não teve nenhum destaque profissional relevante, mesmo que seja no século XIX d.C. , nada feito. Para o Google ele não existe.

No meio da busca insólita, me deparei com um blog que tinha postagens ensinando como encontrar pessoas pela internet, além das célebres redes sociais. Mesmo porque, quem nasceu em 1900, ou antes não tinha Orkut, nem Facebook, certo? O blogueiro dizia que dava para encontrar as pessoas com o RG ou CPF em determinados sites como a Receita Federal, DETRAN e afins. Só tem um problema, não sei o nome completo, o que dirá número de RG.

Querem um conselho? Escrevam os nomes dos seus avós e bisavós num caderno e guardem a sete chaves, senão, a tal árvore vai ser um arbusto sem galhos.

Pergunto: Vocês sabem os nomes completos de seus oito bisavós?

Atualização 28/02/2011: Recebi o e-mail com os nomes dos meus bisavós paternos e as datas.
Agora chega de brincar disso, trisavó, tataravó não vou pesquisar não.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Consultoria de goteiras

Verão lembra calor, chuvas. Chuva lembra guarda chuva, telhado e goteira.

Existem dois tipos de pessoas, as que já tiveram uma goteira sobre a cabeça e as que ainda vão ter. Então, resolvi ajudar o segundo grupo.

Motivos para se ter goteira: telha fora do lugar, telha quebrada, ou madeiramento do telhado selado, precisando ser trocado.
Colocar a telha no lugar, trocar a quebrada por uma inteira é fácil, rápido e barato. Substituir o madeiramento exige mais tempo, trabalho e dinheiro.

Quando a chuva cai dentro de casa, a melhor solução é saber exatamente onde pinga. Fique de olho e providencie panos de chão secos, baldes e bacias.
Se a goteira pingar no chão é menos prejudicial do que se for em cima da sua cama.
Nesse caso, é bom forrar o leito (adoro essa palavra) com um saco plástico de 100 litros cortado na lateral. Vai cobrir a maior parte da cama. Sobre o plástico, posicione baldes pequenos alinhados milimetricamente bem abaixo da(s) goteira(s). Pode parecer exagero, mas 1 milímetro faz toda a diferença nessas horas, significa pingos dentro, ou fora do balde.

Terminada a chuva lá fora, seque a goteira com a ajuda do rodo e um pano limpo.
Após retirar o aparato anti gotas de cima da cama, seque o colchão ao máximo com toalhas de papel pressionado sobre o local molhado. Ventilador de teto é perfeito para esse fim.
Espere o colchão secar totalmente antes de colocar a roupa de cama limpa.

Tudo resolvido, aguarde a época das chuvas passar e conserte o telhado.
Estou esperando chegar abril.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Dicas valiosas



Olá pessoal, espero que tenham passado bem a virada do ano.

Para começar o ano organizados e sem atropelos, vou dar umas dicas úteis.
Início de ano chegam as contas mais pesadas, IPTU, IPVA, seguro do carro, matrículas, material escolar. Caso não tenha separado uma verba para saldar as contas extras, quebra.

Vamos à fórmula mágica que vai te ajudar a ter dinheiro sem sofrimento:
Pegue o valor do IPTU sem desconto, some mais uns 12% porque todo ano aumentam esse imposto. O valor alcançado você divide por 12 meses, esse resultado é o que vai para a poupança todo o mês e fica lá rendendo juros. Quando chegar janeiro do ano que vem, terá o dinheiro para pagar à vista e com desconto.

IPVA, esse é o meu imposto favorito, ele diminui de valor todo ano com a depreciação do carro.
Apenas anote o valor desse ano sem o desconto e divida por 12 meses. Deposite religiosamente na poupança todo mês.

Seguro do carro, pegue o valor integral e some uns 10%, divida por 12 e poupe.
Faça o mesmo com matrículas e material escolar, você deve ter uma estimativa do que gasta anualmente.

Vai ver como funciona, o segredo é depositar os valores a cada mês e não usar esse dinheiro para mais nada. Esqueça que ele existe, assim terá sossego no começo do ano. Pagará tudo com desconto à vista, não se descapitalizará e ainda ganhará juros que vão incrementar a poupança do ano seguinte. E quem recebe 13º vai ter uma grana a mais para gastar no Natal e nas férias!

Então, mãos a obra, peguem a calculadora, abram uma planilha no Excel, ou anotem na agenda mesmo.