Penélope, a história da Pê!
Dia 10 de agosto de 2023 a Penélope que na época eu chamava de Pretinha veio morar comigo! Ela nasceu e cresceu na rua na metade de 2022, eu punha ração na calçada em frente de casa e um pote com agua fresca todos os dias às 17h no período de dezembro de 2021 até ela mudar pra cá. Ela teve 2 ninhadas antes da última já comigo.
Com o passar do tempo ela adquiriu confiança em mim, depois de comer entrava na garagem de casa, andava por aqui e ficava um tempo na varanda ao meu lado para depois sair e ficar na rua. Além de mim, também davam comida a dona da marmitaria da esquina e minha vizinha de frente.
Uma noite Penélope entrou na casa vizinha que estavam construindo, veio até o fundo paralelo a minha casa, começou a miar sem parar. Eu tinha posto a ração, só que ela não veio como de costume, deixei lá . Pensei, depois ela come. Reconheci o miado e falei alto para ela me ouvir: - Pretinha, sai da casa dos outros, vai comer lá na frente menina! Lá fui eu para a calçada esperar por ela que apareceu rápido, estava prenhe há algum tempo.
Aquela noite fiquei com a Penélope na cabeça tentando adivinhar o porque de ter vindo miar aqui ao lado, nunca fez isso. No dia seguinte resolvi colocar a comida aqui dentro na varanda e fechei o portão para abrir depois. Abri a porta da minha casa e a deixei entrar, ela olhava tudo do chão até o teto, cada móvel, televisão, apoiou as duas pata no sofá e sentiu a macies, farejou no ar o outro gato que tenho e minha poodle, essa conhecida dela do portão. Mostrei a casa inteira, pois até aquele dia ela só tinha visto as casas por fora, nunca entrara numa, daí sua admiração e curiosidade em olhar tudo bem devagar. Terminado o tour fomos láfora e a deixei sair como de costume.
No outro dia repeti a visitação por dentro da casa trazendo a comida para o lado da minha porta, ela comeu e entrou de novo em casa, só que dessa vez fechei a porta da sala devagar e não abri mais. É claro que ela miou a noite toda pedindo pra sair, se sentiu presa, mas a ideia era de adotá-la. Nos primeiros dias tentou achar um meio de fuga pra rua, subia nas janelas teladas, olhava cada cantinho e não achava um buraco para passar, se conformou.
Comia várias vezes por dia, bebia água limpa e fresca à vontade, podia dormir onde quisesse no chão, ou no macio das camas e do sofá, se adaptou com o Blue após uns 15 dias separados por uma porta, um sentindo o cheiro e a presença do outro até acostumarem. Levei a Pê à veterinária para checkup geral, saudável, prenhe de quase 2 meses com 6 filhotes na barriga. No fim só 3 vingaram, nasceram de cesariana porque ela não pariu sozinha. Os filhotes foram adotados por outras pessoas!
Foi aí que entendi o porque dela miar da casa vizinha naquela noite, já devia sentir que algo não estava bem com sua terceira gestação, tanto que não pariu, fez a cesariana aos 42 dias um filhote morto no útero, outro em sofrimento e o terceiro com mal formação não resistiu, sobraram 3 saudáveis.
Se ela estivesse na rua teria morrido com os 6 na barriga sem conseguir parir. Alguma coisa a fez pedir ajuda, não foi à toa!
Amanhã vai fazer 2 anos que mora conosco, feliz, bem cuidada, castrada e de vez em quando o pai dos filhotes aparece dá umas voltas ali fora olhando para ela na janela telada. O que será que eles conversam do jeito deles? Gostaria de saber risos. Ele é um gato de rua andarilho some um tempo, depois volta ela nunca saiu de sua toca no terreno vizinho o oposto dele.
Essa é a história da Pê!
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