Como está sua caligrafia, ainda sabe escrever com lápis e caneta?
Hoje levei um susto quando vi minha letra, ou melhor, meu garrancho.
Depois que inventaram o teclado não se escreve mais à mão, só pequenas anotações, aqui e ali.
Por falta de treino perdemos o jeito. A mão fica dura, a letra sai meio rabiscada, o traçado uniforme com curvas, desaparece.
Na escola escrevia-se tudo à mão, cadernos e mais cadernos Na faculdade também porque tínhamos de anotar o que o professor falava, já que só uns 20% do conteúdo era escrito no quadro. Na pressa a letra ficava horrível, com muitas abreviações. Tudo isso para se ganhar tempo e não perder a explicação. Verdadeiros hieróglifos, dignos de legenda no roda pé.
Redações, no colégio pediam muitas. Na faculdade, ao que me lembro, somente no primeiro ano.
Todos os trabalhos eram e ainda são digitados, muitas vezes copiados e colados da internet pelos preguiçosos.
Não cheguei a tanto. Peguei um caderno comum e comecei a escrever o abecedário com maiúsculas e minúsculas. Ria de mim mesma. Uma página, duas, três.....oito. A mão doía, como se estivesse numa aula de ginástica localizada. As letras emendadas, as chamadas “cursivas”, no início foi um desastre, mas lá pelo final da primeira página começou a melhorar. Letras mais redondas, mais bem desenhadas.
Treinei até minha assinatura, porque já estava diferente com receio de que dia desses o banco não aceitaria meu cheque, alegando assinatura incompatível Seria, no mínimo constrangedor.
Teclado, digitação vieram para ficar, mas o manuscrito, de tempos em tempos temos que praticar, no caderno, igual criança. Tempos modernos, mas nem tanto.
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