segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Constrangimento



Quem nunca se sentiu constrangido?
É uma sensação terrível que devemos evitar a qualquer custo, quero dizer, não provocar constrangimento a outrem.

Pare e pense:

Quando sente raiva, você tem opções, pode gritar, esbravejar, discutir, bater com violência encima da mesa, estravasar a íra.

Sentimento de medo, a pessoa se retrai, se encolhe, tenta se proteger, sai correndo, treme, se explica, pede perdão, ajuda, reage de alguma forma.

Sentimento de alegria, sorrimos, abrimos os braços, pulamos, gargalhamos, agradecemos se for o caso, celebramos o motivo da alegria.

Sentimento de tristeza, choramos, ficamos calados, ou desabafamos com um amigo, consolamos quem está triste.

E o constrangimento? O que se faz nessa hora? Nada!
Ficamos paralisados, sem fala, sem saída, literalmente sem ação, é horrível!
Você não pode se defender, fugir, gritar, pedir ajuda, rir de nervoso, argumentar.

Você constrange uma pessoa ao lhe fazer uma pergunta indiscreta por exemplo, que ela não pode, não quer, ou não tem como responder por várias razões.
É preciso muito tato, pensar antes de falar ou agir, se colocar no lugar.

Pra quê deixar alguém acuado, sem saída, que vantagem se tira disso?
Chega a ser cruel.
Para todos os sentimentos existe uma resposta física ou oral, para o constrangimento não.
Até um elogio pode ser constrangedor, dependendo de como é feito e por quem.

Vera Rolim

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